terça-feira, 19 de novembro de 2013

15/11/2013 - 9 meses: Independência, desmame, lobitos…

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Pensem numa mocinha que agora fica em pé, bate palmas, dança se chacoalhando e faz a coreografia da música “Cinco lobitos” mesmo sem a gente cantar….Hahahaha ♥

Tetê está cada dia mais gostosa (ok, sei que todas as mães falam isso dos seus filhos, mas é verdade!!).

Chegamos aos nove meses e meio. Agora Tereza tem o mesmo tempo dentro e fora da barriga.

Há uma semana aconteceu algo que eu esperava mas temia ao mesmo tempo: Tereza parou de mamar no peito. Foi tão tranquilo e natural que nenhuma de nós sofreu com isso. Muito pelo contrário. Apesar de estarmos cortando mais um vínculo importante, a alegria de ver minha pequena crescendo e se tornando independente enche meu coração de amor e mostra que estou no caminho certo (pelo menos eu acho que estou). A última mamada foi dia 06/11/2013 pela manhã e desde então ela não “pediu peito” nenhuma vez.

Acho que aconteceu no momento certo para ambas e por isso não tivemos dificuldade alguma.

Mas nem sempre é assim. Da mesma forma que amamentar não é uma tarefa fácil para algumas mães, o desmame também pode não ser.

A Psicóloga Fernanda Guilardi Sodelli, mãe dos maravilhosos Bruno e Bianca, fala um pouco sobre esse vínculo que é a amamentação e como diminuir esse medo na hora de desmamar seu bebê:

Desmane: Mãe em crise! Calma!

Durante a gravidez o casal começa a preparar-se para a nova etapa e a chegada do bebê. Muitas expectativas e planos aparecem neste período.

Uma questão, muito presente para a mãe, é a amamentação. “Será que vou conseguir amamentar?” É uma duvida rotineira. Sem discutir todos os inúmeros benefícios da amamentação materna existe uma cobrança interna e uma cobrança social.

Quando chega o tão esperado dia. Depois que tudo ocorreu bem e que o bebê esta em seus braços, vem o primeiro contato bebê e peito. É um momento mágico em que o vinculo (já existente desde o primeiro dia de gravidez) torna-se mais real e sentido. O Bebê esta em seu colo e você vai alimenta-lo: de leite e de amor.

Quando a mãe amamenta existe a experiência de momentos de entrega absoluta e de um sentimento de união entre ela e o bebê. É claro que esse mesmo sentimento pode ser vivenciado, de outras formas, por mães que, por algum motivo, não amamentam. Mas aqui nesta conversa vou falar da fase da amamentação e consequentemente do desmame.

Apesar de todas as dificuldades que podem acontecer na amamentação, muitas mães vivem essa experiência. Na amamentação existe uma entrega absoluta e um sentimento de união entre mãe e bebê. Com o tempo e a superação dos obstáculos iniciais, este momento torna-se mais fácil e, cada vez mais, a mãe sente o fortalecimento do vinculo.

Depois de algum tempo vem a pergunta que causa um frio na barriga “Quando ele/ela vai desmamar”? O momento chegou, muitas vezes sinalizado pelo próprio bebe que já esta pronto para experimentar outras formas de alimentação: outros sabores, cheiros e texturas.

Começa um novo processo. Profissionais da saúde relatam que “Depois do parto (do corte do cordão umbilical), o desmame é a segunda maior ruptura significativa entre mãe e bebê.

Qual a idade certa para o desmame? Existem recomendações do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Sociedade Brasileira de Pediatria. Mas acredito que a decisão será tomada de acordo com o bebê, a mãe, o atual momento de vida.

O desmame pode ser feito de várias formas (de uma só vez, de forma gradual). A mãe escolhera a melhor maneira, de acordo com suas necessidades, do Bebe e da orientação médica.

Li um artigo sobre desmame que diz que “Flexibilidade é outro ponto importante, já que o processo é imprevisível. Nessa fase, mãe e filho ficam mais carentes, precisando da atenção redobrada dos familiares. O apoio é fundamental em qualquer mudança de hábitos! Neste período, é importante que não haja outras mudanças ocorrendo na vida de seu filho! Faça com que o desmame seja gradual, retirando uma mamada do dia a cada semana” (http://www.itodas.com.br/mae/danca-do-desmame/)

Depois de algumas reflexões e lembranças da época em que amamentei meus 2 filhos, escolhi alguns pontos importantes para ajudar nesta nova etapa:

Primeiro: O desmame é um processo. Mãe e bebê vão preparar-se para este momento, de forma gradual. Quando sentir-se segura inicie as recomendações do Pediatra. Como todo processo, haverá etapas. A orientação do médico e muitas conversas vão ser extremamente importantes neste período. Existem diversas estratégias e a mãe irá descobrir a melhor para ela e seu bebê.

Segundo: O desmame deve ser visto como parte do desenvolvimento saudável do bebê. Uma nova fase de conhecimento do mundo e o bebê terá contato com novos alimentos, cores e sabores.

Terceiro: A mãe e o bebê encontrarão novas possibilidades de “encontro”, de aconchego e união. Muitos sentimentos podem aparecer: culpa, tristeza, angustia e alivio. Além das questões físicas. Tenha paciência e procure ficar tranquila.

Tranquilidade e segurança são as palavras de ordem nesta fase. Se a mãe estiver tranquila e segura de que este é o melhor a ser feito para o desenvolvimento físico e emocional do seu bebê, o bebê também ira se sentir assim.

O desmame é algo natural e faz parte do desenvolvimento saudável. Com certeza, mãe e bebê terão muitos outras formas de afeto,vinculo e proximidade.”

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