quarta-feira, 17 de abril de 2013

Refluxo e regurgitação = Angústia, medos, soluções…

Como eu já havia comentado num post anterior, Tereza está com um pouco de refluxo. Segundo a Dra. Helena, esse refluxo é considerado fisiológico e deve rever até 1 ano de idade. Tereza estava com um pouco de esofagite, secundária ao refluxo, que está sendo tratada com medicação específica para isso.

Além do tratamento para a esofagite, algumas medidas no dia-a-dia estão ajudando muito:

- Berço inclinado a 30º: sempre mantive o berço nessa posição, antes mesmo do quadro de refluxo iniciar. Alguns médicos recomendam que bebês (mesmo sem refluxo) durmam em berços inclinados para evitar a tão temida “Morte Súbita”.

berço refluxo

- Mantemos o carrinho inclinado também, apesar de Tereza não gostar muito. Na verdade ela prefere sua cadeirinha da Fisher-Price, presente da minha grande amiga Mariana Belém (que sabe TUDO de bebês e deu o presente que ela mais curte!!!). Essa cadeirinha tem vários níveis de inclinação, pode ficar fixa ou como balanço, e também treme o assento:

Cadeirinha

Tereza AMA essa cadeirinha!!! Brinca, dorme, assiste desenhos… Tudo na cadeirinha. É onde passa maior parte do dia quando estamos em casa.

- Existem travesseiros anti-refluxo, que são ótimos e bem baratos. Tereza também tem. Usamos quando ela deita na nossa cama ou até mesmo no trocador. O nosso compramos na Alô Bebê.

travesseiro-anti-refluxo-3

- Após as mamadas, seguramos a Tereza em posição vertical por pelo menos 20 minutos.

- Não a deitamos totalmente, em posição horizontal, por pelo menos 1 hora após as mamadas.

Com todos esses cuidados, observamos melhora em poucos dias. E essa melhora está sendo progressiva, ainda bem!!

Mesmo sabendo que o quadro não era preocupante, me assustei muito com a idéia. Quando a pediatra disse, senti um enorme aperto no peito. É horrível pensar que seu bebê está sentindo algum tipo de dor ou desconforto.

E imaginando que outras mães também passam por essa angústica, o Dr. Renato Walch irá explicar um pouco mais sobre esse quadro tão frequente em bebês:

Refluxo, meu bebê está sofrendo! E agora?

Quando estamos diante de algumas questões que envolvem nossos filhos, não há como agir com 100% de racionalidade e ninguém espera que isso ocorra, além disso, as conversas que se tem com a família, as amigas, redes sociais, googles da vida, etc. só fazem aumentar as angústias ao invés de se resolverem e dormirem caladas. Angústias que ficam atormentando a cabeça das mães que sentem que o filho está sofrendo.

Difícil, não? Vou aproveitar hoje para tentar diminuir um pouco dessa angústia (não é nem de longe minha pretensão acabar com esse sentimento aqui nesse espaço, mas acredito que posso ajudar).

Refluxo ou Regurgitação é algo absolutamente normal nas crianças, principalmente até completar o 1º ano de vida. É normal, isto é, Fisiológico e acontece em Crianças Saudáveis.

Um conceito difícil de assimilar, ainda mais se a mãe percebe que a criança fica desconfortável quando a Regurgitação ocorre! Refluxo é diferente de Regurgitação (quando o conteúdo gástrico chega até a cavidade bucal). Durante o dia todo cerca de 30 episódios de Refluxo acontecem sem que nem todos os episódios acabem virando regurgitação.

Na sua grande maioria não causam danos para as crianças e quando apresentam sinais de alerta (minoria dos casos) pode significar a Doença do Refluxo Gastro-Esofágico (DRGE - entidade diferente do que estamos falando aqui). Em casos como DRGE paradas da respiração breves e súbitas durante o sono (apnéia), diminuição da frequência cardíaca (bradicardia), tosse persistente e diminuição da taxa de oxigênio no sangue (Saturação de Oxigênio) durante o sono podem levar a suspeitar dessa doença. Ao contrário disso, uma criança com bom ganho de peso, boa aceitação alimentar e sem irritabilidade, nos leva a pensar em Refluxo e/ou Regurgitação Fisiológicos.

Nesses casos não são necessários exames ou grandes intervenções e também não há evidência que medicações (como os antiácidos e os pro cinéticos, usados comumente) façam efeito melhor do que as medidas comportamentais como, por exemplo: Dormir em posição supina (com a “barriga pra cima”), evitar a exposição ao tabaco, pode ajudar também fracionar a alimentação (dar menos quantidade em um número maior de vezes ao dia), elevar a cabeceira do berço como um todo (o que é diferente de usar mais travesseiros) ou mesmo evitar deitar a criança tão logo termine a mamada.

Nesses casos cabe ao profissional que acompanha a criança reavaliações periódicas. Após o 1º ano a tendência é a resolução do quadro na maioria das vezes.

Sabe-se que o Leite Materno é o mais seguro para evitar o Refluxo e a Regurgitação. Isso pode ser pelo fato do Leite Materno ser digerido facilmente pela criança. Ele é mais seguro que Leite Artificial (Leite de Vaca), Fórmulas Lácteas ou mesmo o tal Leite com engrossante.

Espero ter ajudado! Qualquer dúvida procure um Médico de Família, um Pediatra, um Nutricionista ou um Fonoaudiólogo. Até a próxima!

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